domingo, 11 de março de 2012

FORMAÇÃO

NOVE PASSOS PARA UMA ORAÇÃO DE CURA E LIBERTAÇÃO EFICAZ.


Como fazer uma boa oração de cura e libertação? Essa é uma pergunta que todo fiel deseja saber. O padre e missionário da Canção Nova Vagner Baia ensina os noves passos para você que deseja se libertar e se curar de algum mal. Confira:
>Primeiro passo:
Coloque a sua confiança em Jesus, Ele é o único libertador.
>Segundo passo
: Diga ao Senhor: "Eu estou arrependido dos meus pecados e dos meus erros, não quero mais viver assim. Quero ter uma vida nova, quero renascer em seu amor e banhar-me em seu sangue redentor".
>Terceiro passo: Orar não é ficar de boca fechada e, sim, pronunciar a renúncia e a oração. O demônio precisa escutar que você está arrependido, isto é, falar em voz alta (não precisa gritar).
>Quarto passo: Acredite, tenha confiança, não precisa ficar repetindo todos os dias as mesmas orações de renúncia ou de libertação. Basta uma só vez. Sempre busque coisas novas para renunciar.                                                                                                                                                                                                       

>Quinto passo: Você precisa saber que o único acusador entre nós e Deus é o demônio. Não é o Senhor quem está perseguindo você e causando-lhe mal.
>Sexto passo: Procure crescer no Espírito Santo, encha-se dos dons e dos frutos d'Ele. Assim que renunciar, peça ao Senhor o batismo no Espírito.
>Sétimo passo: Consagre tudo a Deus, principalmente seus sentidos (tato, olfato, audição, paladar e visão). Depois, todo o seu corpo, assim também como os seus bens, seus estudos, seus filhos, seu trabalho, seu salário... Peça para que Deus o abençoe e mande anjos para junto de você na sua casa. Peça para que eles combatam todo o mal ali presente.
>Oitavo passo: Se possível, jogue água abençoada em seus bens, na sua casa e, na oração, consagre tudo ao Senhor, dizendo que tudo é d'Ele e que você é apenas um administrador desta graça.
>Nono passo: Se você tem uma família, faça as orações com ela, é ótimo. O pai e a mãe têm autoridade para renunciar às contaminações dos filhos e toda a herança de maldição da família.
Deus  abençoe! Amém. Padre Vagner Baia

ARTIGOS PARA REFLEXÃO

 

É POSSIVEL REZAR QUANDO ESTAMOS SOFRENDO OU DOENTES?



Da dor, das doenças, das preocupações ninguém escapa. Mais cedo ou mais tarde nos deparamos com situações em que, como Jesus no alto da cruz, gritamos: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" E, por mais que a medicina se esforce, existem ainda doenças para as quais não se descobriu a cura. Além disso, quando pensamos ter encontrado o remédio para uma enfermidade, aparecem imediatamente outras que, à luz da ciência, são inexplicáveis.
Jamais devemos pensar que a doença seja castigo ou vingança de Deus contra o homem pecador. Este pensamento seria uma blasfêmia, uma visão distorcida do amor infinito de Deus para com o ser humano.

As doenças são frutos de imprudência, de situações que poderiam ser evitadas, de descuidos do poder público, de "violências" ambientais e humanas contra a natureza que exige respeito e amor. Todo transtorno humano, biológico ou da natureza nos questiona profundamente e nos obriga a recorrer a Deus para encontrar uma resposta aos nossos dramas interiores. Aliás, os santuários de onde sobem a Deus as preces mais fortes e fervorosas são os hospitais e prontos-socorros. Quantas pessoas, não encontrando soluções para seus problemas, recorrem a Deus... Porém, algumas vezes, não sendo atendidas nos seus pedidos, desanimam e se consideram abandonadas por Ele. Entretanto, quando não sentimos Deus ao nosso lado, é certo que Ele está perto de nós. O seu amor é eterno, fiel e jamais nos abandona.
Precisamos nos convencer de uma só coisa: nada pode nos dispensar da oração. Nem as enfermidades, nem os trabalhos, nem as mil ocupações que preenchem nossas agendas. A oração, como já vimos em outro momento, é uma questão de fidelidade e de amor. Sem o amor nos sentimos perdidos, inseguros, sem saber para onde vamos. O amor humano às vezes nos falha; nem sempre podemos contar com a presença dos que consideramos amigos, muitos se afastam de nós e nos encontramos sozinhos no deserto da vida. Nesses momentos devemos reforçar nossa oração e permanecermos bem unidos a Deus.

Muitos santos aprenderam a rezar na doença
É interessante notar que muitos santos se converteram e aprenderam os segredos da oração na doença. Enquanto estavam com saúde viviam como se Deus não existisse, dedicados a todo tipo de prazeres e diversões. Parecia que nada seria capaz de perturbar sua tranqüilidade; buscavam com ânsia realizar tudo que lhes vinha à mente.
A saúde nos dá um sentido de terrível auto-suficiência, independência de Deus e dos outros. Essa visão utilitarista e individualista é comum em todas as idades, mas especialmente na juventude, quando os problemas, a doença e a morte parecem fantasmas muito distantes.

Quem não se lembra da história de Francisco de Assis? Era jovem, rico e amigo de todos, mas a dura experiência de preso político na cidade de Perúgia, onde adoece, faz-lhe sentir toda a sua fragilidade e pobreza. Nesses momentos de dor física e moral, de profunda solidão humana, o coração de Francisco vai mudando e escutando a voz do Senhor que lhe chama para ajudá-lo a reconstruir a igreja através de seu testemunho e pregação. O exemplo de Francisco é para todos nós um convite; ele soube aproveitar a doença para se aproximar mais e mais do Cristo crucificado.
Outro exemplo é Inácio de Loyola. Forte e corajoso, desejava ser lembrado na história pelos seus feitos a serviço dos reis da Espanha; porém, ao ser ferido na guerra, pede livros de cavalarias para ajudar a passar o tempo, mas, na falta destes, lê a vida dos santos e os Evangelhos... Esses livros tocam em profundidade o seu coração e ele se converte. A enfermidade torna-se para ele "um sacramento de amor"; através dela percebe que tudo é vaidade e que a única coisa que importa é servir a Deus e à Igreja.

Teresa de Ávila não foge também a esta regra. Jamais teve boa saúde, chegou ao ponto de ser considerada morta e ter sua cova aberta, mas soube enfrentar tudo por amor ao Senhor e percorrer as terras da Espanha fundando Carmelos onde "o Rei, sua Majestade fosse bem servido". Na sua autobiografia, Teresa revela que o caminho do sofrimento não deve nos afastar da oração em momento algum da vida: "Na doença e em situações difíceis, a alma que ama tem como verdadeira oração fazer a dádiva dos seus sofrimentos, lembrar-se daquele por quem os padece, conformar-se com as suas dores, havendo muitas outras coisas possíveis. Trata-se do exercício do amor... com um pouquinho de boa vontade, obtêm-se muitos lucros nos momentos em que o Senhor nos tira o tempo da oração com sofrimentos" (Santa Teresa de Jesus - Vida 7,12).

Talvez o exemplo mais evidente de que na doença é possível rezar seja o de Santa Teresinha do Menino Jesus, que morreu de tuberculose aos 24 anos. Ela sentiu a dor, o medo e, quem sabe, a tristeza de morrer na juventude. No livro "História de uma alma", vez por outra ela nos abre um pouco das cortinas do seu coração e nos faz entrever o seu sofrimento: "O Senhor me dá coragem em proporção ao padecimento. Sinto que, para o momento, não poderia suportar mais, mas não tenho medo porque a coragem aumentará, se a dor redobrar" (Santa Teresinha do Menino Jesus).
Mesmo que o corpo seja esmagado pela dor, a alma sempre pode elevar-se acima de tudo e permanecer em íntima contemplação dos mistérios de Jesus: paixão, morte e sobretudo ressurreição. O cristão não pára na paixão nem na morte, ele sempre contempla Cristo glorioso que, tendo vencido todas as dores, nos chama à plena alegria na eternidade.

Não desperdiçar os sofrimentos
Não se pode dizer que a dor, os sofrimentos e a doença são coisas boas... Isto negaria que Deus é Pai e quer todos os seus filhos com saúde de alma e corpo, mental e psíquica. Ele quer que sejamos perfeitos em todos os sentidos. Mas a cruz se faz necessária, e quando não é possível evitá-la, devemos abraçá-la com dignidade e amor a Jesus, que assim o fez. São João da Cruz nos convida a não desperdiçar os sofrimentos, mas a acolhê-los e guardá-los com amor, porque um dia, na eternidade, serão pérolas preciosas.

Como devemos agir diante dos sofrimentos e doenças?
Ousaria dar alguns conselhos práticos que podem nos ajudar a superar o medo e a revolta, e acolher com docilidade a vontade do Senhor:
Primeiramente, ter sempre uma atitude preventiva e evitar, com todos os esforços, as doenças, porque muitas delas são provocadas por nossos exageros, não cuidando devidamente da higiene, exagerando na comida ou na bebida, colocando-nos imprudentemente em situações de risco que não são queridas por Deus, que é amor. Esta atitude é sumamente importante. Também, em nossa oração, devemos pedir ao Senhor que nos livre de toda enfermidade para que possamos viver com alegria.

Quando a doença chegar, não devemos desesperar, mas ter uma atitude de humildade, de auto-recolhimento, mergulhando no mais íntimo do nosso ser, para entrar em diálogo íntimo e profundo com Deus, e perguntando-nos para que tudo isso. E ainda procurar os meios necessários que a ciência nos oferece para sermos curados e pedir, com fortes orações e súplicas, a Jesus, Senhor da vida, que Ele nos cure e nos dê a saúde necessária para cumprirmos as nossas responsabilidades. Esses são momentos de fé, de amor e especialmente de esperança para entregar-nos totalmente aos "cuidados do Senhor" e pedirmos que outros rezem por nós e sobre nós, como diz a Escritura.
Quando a doença avançar e se fizer maior o nosso sofrimento, devemos entrar ainda mais no nosso coração e pedir ao Senhor o dom da fé. Jamais devemos esquecer as palavras do apóstolo Paulo: "Completo na minha carne o que falta à paixão do Senhor Jesus". Esta participação na cruz de Jesus, nas suas dores e paixão não é simples resignação nem entrega desanimada a um fatalismo sem sentido ou masoquismo espiritual, mas é uma atitude de pura fé, sabendo que somos chamados a imitar Jesus em todos os momentos de nossa vida.

Rezar nos sofrimentos, na doença, não quer dizer de forma alguma pular de alegria, não sentir dor; é ter consciência de que a dor não é castigo de Deus, mas um acontecimento que poderá ser para mim caminho de libertação. Nesse momento é claro que as palavras não vêm, elas morrem na garganta antes de serem geradas. São momentos de profundo silêncio, em que só sabemos dizer o quanto é grande o amor que temos por Deus, através de um beijo no crucifixo, uma jaculatória, uma palavra do Evangelho que alguém nos sussurra aos ouvidos, uma imagem que gostamos de contemplar...

Por isso é importante, quando temos saúde, rezar para que saibamos aceitar a doença e até a morte que Deus nos queira permitir por puro amor, e dizermos na fé: "Seja feita a vossa vontade e não a minha".
Oferecer tudo ao Senhor quando estamos lúcidos e conscientes é, sem dúvida, um ato de amor e de pura fé. É o que faço todos os dias ao me levantar: "Senhor, nas tuas mãos coloco toda a minha vida, pensamentos, desejos, saúde, e hoje, ainda sendo lúcido e consciente, quero te dizer que aceito com fé, amor e esperança tudo o que me enviares. E, se um dia me queixar, me revoltar contra as doenças, não me leves a sério, saibas que não quero isso, não é esta a minha vontade. É só o instinto que se revolta. Não me leves a sério, Senhor, e me dês a coragem para aceitar tudo. Senhor, peço esta graça não somente para mim, mas para toda a humanidade e para isso peço a ajuda e proteção da Virgem Maria, minha mãe e de todos os santos a quem tanto amo, os do Carmelo e os outros santos meus amigos. Que eu saiba contemplar silenciosamente o Cristo na cruz e dele possa haurir força e coragem. Assim seja".
Rezemos para que a dor, os sofrimentos e doenças nunca cheguem. Mas, se um dia eles baterem à nossa porta, saibamos acolhê-los como irmãos que nos visitam e fazer desses momentos oportunidades de muita oração. Não devemos deixar-nos convencer de que a dor é boa, somente pela fé ela se torna caminho de amizade e de amor que nos abre a porta do paraíso.
Frei Raniero Cantalamessa, Pregador do Vaticano *


 

FAZER TODAS AS COISAS "COM MARIA, EM MARIA E POR MARIA"


No Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem (*), São Luís Maria Grignion de Montfort afirma que devemos fazer todas as coisas “com Maria, em Maria e por Maria”. Eis os comentários que a respeito fez o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira no “Santo do Dia” de 26/5/1972. O trecho introdutório, em destaque, é do autor do Tratado.

”É mister fazer todas as ações com Maria, isto é, em todas ações olhar Maria como modelo acabado de todas as virtudes e perfeições que o Espírito Santo formou numa pura criatura, e imitá-lo na medida de nossa capacidade. Cumpre, portanto, que em cada ação consideremos como Maria fez ou faria se estivesse em nosso lugar. Devemos por isso examinar e meditar as grandes virtudes que Ela praticou durante a vida, especialmente:

”1º)Sua fé viva pela qual creu fiel e constantemente até o pé da cruz sobre o calvário;
2º) Sua humildade profunda que A levou a esconder-se e calar-se e submeter-se a tudo, e a colocar-se em último lugar,
3º) Sua pureza divinal que jamais teve nem terá semelhante sob o céu e, por fim, todas as outras virtudes.

Lembrai-vos, repito em uma segunda vez, que Maria é o grande e único molde de Deus, próprio para fazer imagens vivas de Deus, com pouca despesa e com pouco tempo. E que uma alma que encontrou este molde e que nele se perde, fica em breve inundada em Jesus Cristo aí representado ao natural.”

São Luís Grignion de Montfort coloca o “Tratado” aos pés de Nossa Senhora (conjunto escultural na igreja dos Montfortanos em Roma)

* Fazer as ações com Maria é essencialmente ter Maria como modelo

O pensamento de fazer as ações com Maria é essencialmente ter Maria como modelo. Por que ter Maria como modelo é fazer as ações com Maria? Por que a palavra “com” se aplica aí?

Aplica-se por causa da idéia do molde, que ele desenvolve no Tratado da Verdadeira Devoção. Ele mostra a diferença entre um estatuário esculpir uma estátua e uma pessoa fazer uma estátua com um molde: num molde de ferro, de metal ou de madeira o trabalho é muito mais simples, é só adaptar gesso ali, deixar que seque e sai a figura que se quer obter. Enquanto que o trabalho do escultor – do estatuário que faz com formão e martelo a sua estátua – é um trabalho muito maior, muito mais arriscado; às vezes parte um pedaço do mármore, acontece uma coisa e outra; enquanto que fazendo no molde é rápido, é barato e é seguro porque é certo que a figura assim modelada sai parecida com o original.

É, portanto, como molde, é por meio do molde que nós fazemos essas estátuas. Bem diz ele que Nossa Senhora é o molde de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que Ela é também, para nós, o nosso molde. Quer dizer, se nós nos modelarmos inteiramente conforme Ela, como Ela é o molde de Cristo – nós somos o gesso adaptado àquele molde – nós ficamos parecidos com Nosso Senhor Jesus Cristo. E, então, ter a Ela como modelo é ter a Ela como molde; ter a Ela como molde é fazer tudo com Ela. Este é o sentido de fazer “com Ela”.

* Ter Maria como modelo supõe um tipo de alma que o dia inteiro está a par do que acontece dentro de si mesma...
Agora, como é que se tem Maria como modelo? Ele dá alguns elementos para isto.

O primeiro elemento é tê-la em vista em todas as ações que se pratica. O que supõe um hábito de vigilância interior, um hábito de meditação contínua. Quer dizer, se eu, para cada ação que faço, devo ter Nossa Senhora como modelo, eu devo ter muita atenção posta em cada uma das minhas ações. É inevitável. Eu devo ver com clareza como é minha ação e devo saber analisar a minha ação. Ela é de acordo com Nossa Senhora ou não? Então, supõe muita vigilância, muita atenção sobre mim mesmo; supõe que eu tenha um tipo de alma que o dia inteiro está a par do que acontece dentro de si mesma e capaz de formar um juízo sobre o que está fazendo.

Bem, de outro lado supõe que a alma conheça bem Nossa Senhora, tenha idéia de qual é o ideal que deve imitar. Até, numa ordem inteiramente lógica, se deveria dizer a coisa de um modo diferente: primeiro, ter uma idéia clara do ideal que se deve imitar, e, em segundo lugar, saber ver em si mesmo se está de fato imitando aquele ideal.

* Fé, humildade e pureza: virtudes eminentemente contra-revolucionárias

Então, ele indica a imitação das virtudes de Nossa Senhora e, na imitação dessas virtudes, indica três principais: a fé, a humildade e a pureza, três virtudes eminentemente contra-revolucionárias.

A fé é o fundamento de toda virtude, sem ela nenhuma virtude merece verdadeiramente ser chamada virtude. Ela é a raiz de todas as virtudes, o que dá como resultado que quando uma planta não tem a raiz sadia, toda a planta padece, porque todo sistema de nutrição da planta, ou pelo menos grande parte de seu sistema de nutrição, fica prejudicado.

Assim também, a Igreja Católica é o solo.
A nossa raiz é a fé com que nossas almas imergem neste solo bendito que é a Igreja Católica.

*TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM, por São Luís Maria Grignion de Montfort; 19ª edição – Editora Vozes – Petrópolis, 1992.



ASSUMIR NOSSA REAL IDENTIDADE.

Sem dúvida alguma, a liberdade não é uma utopia. Ela é, intrinsecamente, desafiante, mas não irreal.

É fato que, a liberdade, aqui proposta no sentido de uma autonomia identitária (posse contínua da própria identidade), é realidade exigente e profundamente desinstaladora para toda e qualquer pessoa.

Vivemos em um tempo no qual muitas pessoas “existem” sob os fardos uma profunda crise identitária, onde constantemente se representa os diferentes personagens – em nome de ideologias e modismos – e, infelizmente, o que realmente se é acaba ficando como que submerso em meio a essa teia de representações.

Cada ser humano possui uma história, uma essência, enfim, uma específica identidade. Pena que são raras as pessoas que conseguem de fato, contemplar – com inteireza – e assumir o que verdadeiramente são. E aqui é uma questão de assumir o ser, o que realmente se é, e não as deformidades e vícios que nossa história foi – silenciosamente – agregando à nossa personalidade.

Temos, muitas vezes, uma grande facilidade para nos assumir no pior de nós. Contudo, não é unicamente o pior o que configura a nossa verdadeira essência, pois não somos – definitivamente – apenas nossos traumas e erros, antes, somos muito mais… seres criados a partir de um grande Amor e com uma enorme capacidade de amar e fazer o bem.

Nossa identidade não mora apenas no que sentimos, muito menos em nossas más tendências. Não é porque nos sentimos continuamente arrastados por desejos maus e impuros, ou até mesmo, contrários à nossa real identidade (psíquica, afetiva e sexual), que somos exatamente isso que estamos sentindo. Não. Sentir não é a forma mais exata de existir e, em muitas ocasiões, o que sentimos será apenas uma triste conseqüência das circunstâncias duras e fragmentadas às quais nossa história foi submetida.

Nós não somos nossas más inclinações, nossa identidade não reside aí… o mal incorporado à nossa personalidade é, inúmeras vezes, a nós agregado pelas deformidades e dores que compuseram nossa existência, e não são o fruto de nossa verdadeira essência e identidade.

É insanidade assumir a mentira como verdade (cf. Is 5,20). Mais ainda o é, assumir a deformidade como uma maneira concreta de existir. É preciso reagir às fragilidades e traumas que buscam sufocar nossa real identidade, pois isso se estabelece como um entulho que busca sufocar toda vida que está abaixo de si.

É preciso a tudo isso reagir!

Não somos nossos defeitos e erros e, diante desses, precisaremos perenemente nos posicionar, protagonizando nosso futuro e entendo que nossas circunstâncias não possuem o poder de eternamente nos definir. Faz-se necessário acreditar que existe uma essência boa em cada um de nós, e que o defeito não é o que antropologicamente constitui nossa identidade.
A fraqueza está em nós, mas, não nos define. Ela (fraqueza) só o fará se constantemente nós a alimentarmos, afinal, a planta que mais cresce é a que mais regamos…
Existe uma força de superação dentro de cada um de nós e, independentemente de como tenha sido nossa a história pessoal, poderemos reconstruí-la – ainda que a partir de seus escombros – e carregá-la com um novo sentido.

É preciso não se conformar diante do mal que deseja aprisionar nossa “identidade”, sempre lutando em um esforço de continuamente se reinventar, para assim redirecionar tudo o que já passou em uma mais acertada construção daquilo que virá.Tal tarefa é possível. É realidade confiada a nós que, aliados à Graça, seremos capazes de, em quaisquer circunstâncias, transcender toda morte para em tudo fabricar vida e ressurreição.
Tenhamos coragem!
Pe. Adriano Zandoná

domingo, 4 de março de 2012

IGREJA DO ROSÁRIO -Rua Direita - Centro Histórico -Santa Luzia -MG


A Igreja do Rosário erguida em 1755 pelos negros, tem o seu interior simples, com altares dedicados, à Nossa Senhora do Rosário, Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Dores. Foi onde  iniciamos no dia 21 de Agosto de 1990,   a 1ª  reunião  de Oração do GRUPO GOSPA/RCC . E neste  ano de 2012  completamos 22  Anos  de  Missão nesta cidade. Onde  nós Luzienses nos orgulhamos  pela graça do Espírito Santo ter suscitado  um Grupo de Oração  no Centro Histórico  da nossa querida Santa Luzia,  onde se concentra pessoas de várias localidades da  cidade  que participam semanalmente  das reuniões  do  Gospa.
                                                                                                 



                                               


Nossa Senhora  do Rosário! Rogai por Nòs!!
                                                                                    Rose/ Missão Gospa/RCC